A pele que habito

A pele que habito

sábado, 13 de agosto de 2022

Violência Doméstica

 Hoje em nossa igreja, como indica a nossa agenda de oração de Agosto, organizada por nossos pastores, estamos orando pelas mulheres vítimas de violência doméstica.

Ontem mesmo soube de uma mulher, moradora da mesma rua em que mora minha mãe, em São Paulo, que foi assassinada pelo marido com uma facada na nuca, deixando 5 filhos órfãos.
 
Vale destacar que a violência contra a mulher não começa com facadas na nuca. Ela começa quando o marido trata a esposa com desinteresse, quando não tem prazer na vida comum do lar, abandonando a esposa à solidão de uma relação vazia; quando despreza suas necessidades e pontos de vista; quando menospreza suas falas, ridiculariza seus interesses e opiniões; quando infantiliza suas contribuições e reage à suas reivindicações com aspereza; quando grita por qualquer motivo, inserindo medo e coagindo a esposa para que não se manifeste; quando não a protege e se posiciona contra ela em todas as situações de conflito, mesmo quando ela tem razão; quando tem a necessidade constante de diminui-la para sentir-se forte; quando a desamparada e explora financeiramente, mesmo tendo recursos; quando coloca sempre seus próprios interesses e de terceiros acima das necessidades legítimas da esposa; quando a considera apenas do ponto de vista utilitário, exigindo todo tipo de trabalho e esforço contínuo e desproporcional, não a honrando, nem a protegendo, nem a orientando com amor, nem sendo o real companheiro que ela necessita, nem cuidando e amando dela como parte mais frágil.
 
A partir desses comportamentos, todos desumanizadores e de rebaixamento, fica fácil partir para agressão física. É muito fácil bater em alguém que não se ama, não se admira, não se respeita e que se vê como inferior.

Homens, apenas não se esqueçam de que as mulheres que vocês têm em casa são as filhinhas de Deus, amadas do Senhor que Ele confiou a vocês. Vocês responderão pela forma como as tratarem. Elas são também as filhas de outros homens, que esperam que vocês as tratem igual ou melhor do que esperam suas próprias filhas sejam tratadas.