A pele que habito

A pele que habito

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Noite Santa

O silêncio desta noite santa
Abre as portas de acesso às almas,
Revela o que há de melhor em cada ser humano,
Dá espaço e força de querer e poder ajudar.

A anunciação das boas novas.
Palavras, embriões a gerar pensamentos,
Visões de bem-querer, de um mundo melhor,
Incentivos para uma realidade mais justa.

O céu abraça a terra.
O mundo se cobre de paz.
Recebe, reconhece a verdade suprema:
A existência do amanhã, do eterno renascimento.

O nascimento do Salvador.
O começo de um novo dia,
O nascimento de uma vida nova,
A aurora da luz eterna.

Que ecoem as palavras,
Que soem os sinos pequenos e grandes,
Acordando os corações,
Divulgando o nascimento da esperança!

Venham e vejam,
Crianças, adultos, jovens e idosos,
Venham de longe, de norte a sul,
Sigam o caminho da estrela a indicar.

Sintam o amor e a força.
Da fragilidade da criança recém-nascida,
Surgiu o conceito de dar sem nada exigir,
Nasceu o símbolo da força do amor.

Volta em um ciclo eterno.
Retorna a mágica luz da sinceridade,
Do bem-querer, do perdão,
Ressurge a reafirmação da própria vida.

Nesta noite silenciosa e calma,
Ecoam, elevam-se ao céu
Cantos, melodias, palavras, versos antigos,
Pensamentos eternos como a humanidade.

Livis Dzelve