A pele que habito

A pele que habito

sábado, 12 de setembro de 2009

Reformando a vida, amando uma casa, vivendo o presente e preparando o futuro...

Estou em vias de começar a ajeitar minha casinha, construir meu consultório e arrumar as coisas do meu jeito. Isso para depois poder seguir em frente, ter mais tempo para estudar e investir nos sonhos que tive e tenho, suspendi por alguns anos e vou retomar!


Cada parte dessa reforma é um pedaço de mim que estou lavando, pintando, erguendo, modificando, repensando. Tudo é muito rico, mas exige um esforço brutal e ontem me peguei pensando que há muito tempo não descanso de verdade, preciso planejar isso também, assim que acabar a reforma, páro e descanso um pouco, sem ansiedade, sem stress, sem planos mirabolantes, pelo menos por um mês...


Ser adulto e ter coragem de fazer escolhas é sempre a maior das conquistas! E para fazer escolhas precisamos ser muito perspicazes conosco mesmos, devemos olhar para dentro e refletir o que realmente tem a ver com a gente nessa vida, falando de mim, afirmo que já lutei tanto em busca de tantas e variadas coisas e quando fui sincera comigo mesma, descobri que o que verdadeiramente preciso é tão mais simples do que imaginava: Sinceridade, bondade, gentileza, um pouco de humor e de ironia, muita luz, clima ameno, casa pequena e aconchegante como um abraço, pessoas curiosas e inteligentes,  pessoas boas e verdadeiras, pessoas simples e felizes, a companhia carinhosa das minhas gatinhas, flores de todas as cores, formatos e tamanhos, muitos perfumes e muitos sabores, lugares diversos  para conhecer, bons livros para ler, bons filmes pra assistir, um antigo e útil piano (sim, eu voltei para o piano) e muita música, um trabalho interessante por fazer, para trazer sustento e liberdade, um amor verdadeiro-corajoso-duradouro pelo qual se viver e Deus, muito de Deus na minha vida. O resto é pura purpurina!!!


Ando leve, aérea e um pouco frágil  nos últimos dias, deve ser inferno astral (dizem minhas amigas que acreditam em astrologia) por causa do aniversário chegando, mas acho que não (nem chorei dessa vez por mais um ano, decidi entrar na fila para adoção de crianças ano que vem, então acho que não choro nesse aniversário...rs...), acho que é só um período de transição, eles são sempre muito alongados e cansativos, mas sempre ricos de aprendizagem. Fico pensando de onde herdei esse otimismo teimoso, quase beirando à intransigência, sei lá, vai ver aprendi com o apóstolo Paulo (que apesar do temperamento insalubre, diz a tradição...) se dizia feliz em toda e qualquer situação!


Vou acreditar pela milézima vez na primavera que sempre consegue trazer o sol depois de um inverno cinza chuvoso, vou continuar sorrindo demais e criando pézinhos de galinha em volta dos olhos por conta disso, vou seguir envelhecendo (muito bem, obrigada...igual a minha mãe) bastante esperançosa, vivendo essa vida com coração de criança e alma de velha! Ainda bem, né?