A pele que habito

A pele que habito

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

pequeno poema do vazio

Vazia
Nada e ninguém
Só silêncio e futuro
Frio e escuro
Seguir na frente
Seguir em frente
Passo incerto
Olhos abertos e baços
Segregação
Morto ao entardecer
Medo e encenação
Desconhecido

Quer viver adiante
Quer abrir o mundo
Quer abrir as pernas
E fazer fecundo
Quer fazer barulho
Dar sabor e cheiros
Quer dar forma a tudo
E lavar coeiros
Vida cheia
Ventre de Baleia
Navegando outro mar
Abrir o peito para respirar
Quer voar
Quer se dar
Quer deitar no ar
Na teia da emoção
E fazer da razão
Garupa de alazão
Vento e areia
Morte da sereia
Não mais ilusão
Quer viver à mão
Dar vazão ao mar
e ao vislumbrar
verdade num olhar
De quem tiver de amar