A pele que habito

A pele que habito

domingo, 14 de setembro de 2008

Dormindo na casa dos pais, ou quase...

Dia desses fiz a bobagem de ceder à apelos familiares, como estava em férias decidi sair um pouco do meu agradável recôndito e passar uma noite sob teto paterno.

Difícil dar-se conta que, entra ano, sai ano, algumas coisas permanecem exatamente as mesmas: crise conjugal (depois de 40 anos juntos...meu Deus!), netos que são o protótipo do "reizinho mandão", irmãs ciumentas da minha vida de "pessoa livre e desimpedida" (como se isso fosse sinônimo de falta absoluta de problemas) com menos de 60 quilos, cunhados malucos, falta de espaço psíquico numa casa enorme. SOCORRO!

Depois de uma noite de remembers de porque fiz 8 anos de terapia, combinei com meus velhos de vê-los uma vez por semana em algum restaurante, café ou evento cultural. O que fazer quando seus pais viram seus amigos?

Confesso que me senti muito amedrontada por uma ou duas horas, sem base, com toda a realidade da minha solidão...Depois me senti forte, independente, adulta e fui dormir na casa de uma prima querida!

Crescer é uma torrente contínua, assim como o amor (segundo o Alan Pauls), uma torrente dolorosa eu diria, mas uma das únicas certezas que temos, seguiremos crescendo ou nos machucando ao tentar nadar contra a corrente.

Fiquei com saudades de um bom amor platônico, destes que preenchem todo espaço interno sem precisar deixar de ser segredo e sem cobranças...Nessa nossa geração, nem um bom amor platônico podemos ter, a menos que queiramos ser taxados de malucos...Que saco, não?

Um comentário:

  1. Ola! Vi o teu blogue e gostei bastante. Tem muito conteudo e bastante interesse......
    Tenho um blogue . É www.olhardireito.blogspot.com ..... Gostava que o visitasse e desse uma opinião....
    tambem tenho uma rubrica de arte, gostava de ter a tua opiniao la...
    Obrigado pela atençao

    Cumprimentos

    ResponderExcluir