A pele que habito

A pele que habito

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sobre ser tragédia...

" Só começamos a viver quando concebemos a vida como tragédia..." W. B. Yeats

Nada na vida é tão difícil quanto admitir que viver é sentir dor!

Já nascemos no meio dela, lembrei agora por acaso daquele filme água-com-açúcar, o "Cidade dos Anjos", pequeno plágio confesso do "Asas do Desejo"...Tem aquela cena em que o Nicolas Cage decide cair, daí se joga do prédio e acorda ensagüentado, dolorido, em uma palavra VIVO...como um bebê nascido adulto e vestido, ele se levanta e segue atordoado procurando o amor, motivo que o levou a ser mortal. Bonita imagem para a história de cada um de nós, nascemos e vivemos em dor, na busca por um amor que dê sentido à isso tudo. Uns encontram em Deus, outros no trabalho, outros na família e outros encontram em outros, alguns não encontram nunca porque só buscam em si mesmos, e só existe um eu, se existir um outro que nos realize (de tornar real).

Cada situação, sentimento, ação, escolha, sensação que experimentamos nesse mundo-de-meu-Deus se traduz em alguma espécie de dor, de sofrimento, a vida é mesmo trágica e por isso mesmo bela. Todo segundo que vivemos pode ser o último e então tudo é definitivo!

Sou sempre acusada de levar tudo a sério demais, acho que levo mesmo, acho também que estou certa nisso, a vida é séria! A vida é única!

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